Acadêmicas: Mayse Alves e Elisângela Mendes
É visto como uma proliferação celular desordenada, que invade os tecidos ou órgãos, em caráter irreversível,podendo espalha-se para outras regiões do corpo. A causa é dada por uma mutação de seu genoma (complemento genético total da célula) e a falência dos mecanismos que conservam as células em seus sítios anátomo-funcionais. Assim, origina-se uma nova população de células anômalas do ponto de vista morfológico,fisiológico e bioquímico. O câncer de mama, pode-se afirmar que é o mais temido pelas mulheres, devido sua alta freqüência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, e também por ser uma patologia altamente agressiva, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. É relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápido e progressivamente.
A mastectomia é o procedimento cirúrgico que se caracteriza pela remoção da mama para não disseminação do câncer, ou seja, retirada total do tecido mamário, ela pode ser realizada de várias maneiras, comprometendo as funções das pacientes a depender do quadro já instalado e do método cirúrgico utilizado como tratamento curativo, o que logo se encontram; Tumorectomia, Quadrantectomia,Mastectomia simples ou total, Mastectomia radical modificada e Mastectomia radical, que é a intervenção sofrida pelas pacientes que consiste em retirada da mama, dos músculos do peito, todos os gânglios linfáticos da axila, alguma gordura em excesso e pele. Este tipo de cirurgia somente realizado em tumores maiores.
Os tipos de cirurgia incluem os seguintes:
• Lumpectomia remove o nódulo de tumor e uma margem limpa, "livre de doença". A radioterapia é necessária, após a retirada do tumor, para complementar o tratamento.
• Mastectomia parcial remove o tumor, uma área de tecido normal e parte da camada acima do músculo onde o tumor estava. Esta cirurgia também é chamada de quadrantectomia e necessita de complementação com radioterapia.
Ambas as técnicas cirúrgicas acima preservam boa parte de tecido mamário e é importante que o cirurgião tenha certeza que ela não se espalhou. Assim o cirurgião também avaliará o comprometimento dos linfonodos axilares para se certificar que não possuem tumor. Com isso, o cirurgião pode fazer uma dissecção dos linfonodos axilares, retirando um número de linfonodos e encaminhado-os para exame microscópico realizado pelo patologista.
• Mastectomia Total remove toda a mama, os músculos peitorais, todos os linfonodos axilares, tecido gorduroso e pele. Apesar de ser uma técnica bastante agressiva, esta técnica já salvou e ainda salva a vida de milhares de mulheres.
• Mastectomia Radical Modificada remove a mama, alguns dos linfonodos axilares e o tecido que recobre o músculo peitoral.
O linfedema é a principal complicação pós-mastectomia. Isso pode ocorrer pela destruição dos canais de drenagem axilar, provocados pela cirurgia e/ou pelo tratamento que foi utilizado como por exemplo, a radioterapia. Essa complicação do fluxo linfático causa um acúmulo excessivo de linfa nos espaços intersticiais que se não for tratado pode causar complicações como fibrose (acúmulo de proteína), tornando em local de desenvolvimento para linfangites e erisipelas, agravando ainda mais o sistema linfático.
Entre as queixas referentes à instalação do quadro de linfedema estão: a limitação e bloqueio da amplitude articular de movimento, sensação de peso no ombro, redução da força muscular da cintura escapular, algias no membro superior e adjacências. Além do linfedema, ainda se podem citar as seguintes seqüelas pós – cirúrgicas em mastectomia: lesões musculares, lesões de nervos do plexo braquial, hemorragias, complicações na cicatrização, alterações na sensibilidade, fibrose áxilo – peitoral, alterações posturais, algias, diminuição ou perda total da amplitude articular e movimento, diminuição da força muscular e comprometimento da capacidade respiratória e perda ou redução da capacidade funcional do MS ipsilateral a mastectomia.
O fisioterapeuta pode intervir, desempenhando um papel importante na prevenção de seqüelas, fazendo parte integrante da equipe multidisciplinar no acompanhamento da recuperação destas mulheres, intervindo na recuperação física da mulher e diminuindo o risco de complicações no período pós-operatório e integrando-as novamente a sociedade, melhorando a auto-estima e qualidade de vida. Entre os recursos fisioterapeuticos tem-se cinesioterapia, drenagem linfática manual, enfaixamento elástico ou inelástico.
O tratamento fisioterapêutico tem como objetivos, controlar a dor no pós- operatório, prevenir ou tratar linfedema e alterações posturais, promover o relaxamento muscular, manter a amplitude de movimento do membro superior envolvido (o mais próximo de 180o de flexão e abdução da articulação glenoumeral), melhorar o aspecto e maleabilidade da cicatriz, prevenindo ou tratando as aderências.
A drenagem linfática manual (DLM) é um dos tratamentos da linfedema. A DML consiste em manobras delicadas rítmicas e de orientações, levando a linfa de locais bloqueados para outros onde não há bloqueios linfático, facilitando a entrada do fluido intersticial por meio do desenvolvimento de diferentes pressões. A drenagem deve obedecer ao sentido do fluxo linfático, controlando a velocidade e pressão exercida, auxiliando o retorno venoso e linfático, e conseqüentemente diminuindo o edema.
A compressão pode ser inelástica ou elástica. A primeira é realizada através de várias camadas de material inelástico no sentido mão-ombro, protegendo áreas de proeminência óssea e articulares, configurando o membro com uma forma cilíndrica e evitando estrangulamentos dos tecidos. Na compressão elástica, utilizam-se luvas de média/alta compressão para manter a redução da circunferência do membro após a retirada das bandagens inelásticas e ao término do tratamento. Os exercícios miolinfocinéticos são indicados para ativar a atividade muscular e recuperar a amplitude de movimento das articulações.
É importante salientar que a intervenção da fisioterapia se torna indispensável sob o aspecto reabilitador e preventivo nestes casos de patologia circulatória linfática.
FONTE:
- Colhido em: 30/05/10 às 23:44hs.
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/cancer/mama_camila.htm
- MCCC, Meirelles, et al. Avaliação de técnicas fisioterapêuticas no tratamento do linfedema pós-cirurgia de mama em mulheres. Rev. bras. fisioter. vol.10 nº.4 São Carlos Oct./Dec, 2006.
- PEREIRA, C. M. A. et al. Avaliação de protocolo de fisioterapia aplicado a pacientes mastectomizadas a Madden. Revista Brasileira de Cancerologia 2005; 51(2): 143-148.
- SQUARCINO, I. M., et al. SquarcinoFisioterapia no linfedema secundário à mastectomia. Santo André-SP, 2007.
- SOUZA, A. B. A drenagem linfática associada à cinesioterapia sob bandagem elástica no tratamento de paciente submetida a mastectomia radical modificada com presença de linfedema. Santa Catarina, Tubarão, 2005.
- ALMEIDA, D. M. F., et al. Intervenção fisioterapêutica em paciente submetida à mastectomia radical: relato de caso.
- JAMMAL, M. P., et al. Fisioterapia na reabilitação de mulheres operadas por câncer de mama. O Mundo da Saúde, São Paulo, 2008; 32(4):506-510.
- MAGNO, R. B. C.BASES Bases reabilitativas de fisioterapia no câncer de mama. Rio de Janeiro, 2009.
- PERES, F. R., FONTANARI,P. Abordagens fisioterapêuticas do linfedema no pós-operatório do câncer de mama, 2005.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários
Venho sempre visitar teu blog, parabéns!
4 de junho de 2010 às 01:40Deixo registrada minha visita ao Blog.
12 de junho de 2010 às 19:57Um abraço.
Geraldo Barbosa (Blog 14-F)
Postar um comentário
COMENTE, PEÇA SEU ASSUNTO PREFERIDO OU TIRE SUAS DÚVIDAS!